terça-feira, 5 de agosto de 2008

Van Halen - Balance (1995)


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The Seventh Seal, o mantra que introduz essa música foi executado pelos monges do Monastério de Gyoto. Essa introdução veio do disco dos monges de 1987 (The Gyoto Monks Tibetan Tantric Choir). Segundo o EVH e o produtor Bruce Fairbain, o disco Balance deveria marcar o retorno do Van Halen aos seus elementos básicos que o tornaram famosos, em especial ao inconfundível timbre de guitarra do Edward Van Halen. Nessa música, é possível ouvir o famoso MXR Flanger que o EVH usou em seus primeiros discos do =VH=. Fora isso, esse disco marca o retorno do “Baby” Marshall Super Lead 100 Watts do EVH aos discos do Van Halen, vez que ele esteve encostado durante grande parte da gravação do disco anterior da banda (F.U.C.K.).

Can't Stop Lovin' You, com mais da metade do disco gravado, o produtor Bruce Fairbain pergunta ao EVH se ele não possuía alguma música um pouco mais leve e “pop”, vez que o disco possuía um clima pesado até aquele momento. O EVH respondeu que não, mas pediu o fim de semana para criar algo. O Bruce morava no Canadá e procurava passar o fim de semana com a família. Na 2ª feira seguinte, o EVH apareceu com essa música e o Bruce gostou. O EVH usa uma guitarra EBMM (Ernie Ball Music Man) com captação piezo, o que dá aquela idéia de guitarra elétrica e violão, ao mesmo tempo. O EVH diz que gravou usando um amplificador muito antigo da Fender. Um detalhe curioso é a menção do nome “Ray”, quase no final da música. O Sammy Hagar diz: “Hey Ray, what you said is true, I Can’t Stop Loving You…”. O Ray em questão seria o Ray Charles, que gravou na década de 60 uma música com otítulo homônimo. Segundo informação do SH, a letra seria uma referência ao seu relacionamento com sua ex-esposa, Betsy. Na época da gravação do disco, o casal estava enfrentando um divórcio traumático para as partes envolvidas e isso estaria afetando, em parte, o relacionamento da banda com o vocalista (principalmente em relação a qualidade das letras escritas pelo Red Rocker e a constantes ausências do mesmo nas sessões de gravação, algo muito reclamado por EVH, AVH e MA à época).

Don't Tell Me (What love can do), A letra desta música foi inspirada no suicídio do músico Kurt Cobain (ocorrido em 1994) e como isso afetou o lead singer Sammy Hagar. O EVH usa uma EBMM com o mais tarde famoso D-tuna. Após o lançamento do disco Balance e durante a gravação do vídeo clipe para essa música, o baterista Alex Van Halen declara à revista Guitar World que aquela música tinha um “punch” diferente e que após quase 05 horas de gravação do vídeo, a música ainda era legal e não tinha nada de enjoativa, vez que todos os técnicos envolvidos na gravação ainda batiam com a ponta do pé ao ritmo da mesma, demonstrando que todos apreciavam a canção.

Amsterdam, vocês leram acima que a banda (EVH, AVH e MA) estava enfrentando sérios problemas internos de relacionamento com o vocalista Sammy Hagar. Este, o Red Rocker, além do processo de divórcio, estava tendo dificuldades de relacionamento com o novo empresário da banda, Ray Daniels, vez que o seu antigo amigo e empresário do VH desde sua chegada em 1985 morrera no final de 1993. Segundo notas de Betsy Hagar apontadas no livro nunca lançado, porém escrito entre 1996/1997 pelo 2º vocal do VH, o Red Rocker não facilitou o divórcio deles e até dificultou que ela pegasse alguns pertences de uma casa do casal, não deixando que a ex-esposa levasse peças de prata que ela ganhou à época de seu casamento com o vocal e alguns livros que ela guardou na biblioteca do casal. Então, o Sammy não estava escrevendo suas melhores letras naqueles dias e tanto a banda, quanto o produtor, cobravam isso com ênfase. Um dos motivos do vocal optar por gravar grande parte das vozes no estúdio do músico Bryan Adams foi a facilidade do mesmo em estar um pouco longe das cobranças dos outros membros da banda e a mesmo tempo dar mais oportunidade ao Bruce Fairbain de passar mais tempo com a família deste no Canadá. A letra para Amsterdam sempre foi ponto de discórdia entre o vocal e o EVH; as fortes referências ao uso de drogas revoltavam o guitarrista, pois Amsterdam é a cidade natal do baterista e do guitarrista. Mesmo com algumas modificações impostas à letra da música pela MTv para a execução do vídeo desta em sua programação, o vídeo pouco passou nos EUA por conta da citada apologia às drogas, e isso revoltou o EVH ao extremo e ele não escondia sua insatisfação com o refrão de Amsterdam, especialmente no ponto em que havia o tal “Ohhhh, Wham! Bam!.....” – “Qual o sentido disso?” era o que o guitarrista se perguntava e tornava público sua irritação. Falando desse vídeo clipe, este mostra a primeira tatuagem do guitarrista EVH – a inscrição do nome “Wolfgang” no braço direito do mesmo, com o logotipo ((VH)) pouco acima. Anos depois, ele fez uma outra tatuagem no seu braço esquerdo; o nome de sua ex-esposa, Valerie, em meio a uma rosa.
Em entrevista à revista Cover Guitarra em 98, Eddie fala sobre compor e acaba dando pistas de que realmente não curte Amsterdam - "A maioria das músicas dos três primeiros discos surgiram de idéias que eu tinha na hora de dormir. E das jams que eu fazia com meu irmão. Depois, levava a espinha dorsal dos arranjos para o restante do grupo. A melhor maneira de compor é aquela em que você se livra de todos os pré-conceitos com relação ao formato do que deve ser uma música. Eu nunca consegui sentar no estúdio e dizer para mim mesmo “agora vou compor uma canção!”. Na única vez em que fiz isso, compus “Amsterdam” (do disco Balance), música da qual não sinto muito orgulho."

Big Fat Money, “ - Do you want a click on this one?
‘ - I don’t need no stiking click…. .

- two, three,…..”

Esse começo de música é bem engraçado. O produtor pergunta; “Você precisa do click (metrônomo) nessa música?” e o Alex Van Halen responde; “Eu não preciso de nenhum click fedorento....2, 3,...”.

O segundo solo de guitarra, aquele com um timbre bem mais leve e com cara de “blues” foi conseguido da seguinte forma; o Edward Van Halen estava brincando com uma guitarra na mão (algo que ele faz/fazia 24 horas no dia) e o Fairbain pergunta se ele não poderia gravar para a BFM um solo bem bluseiro, simples e descolado, com um timbre bem limpo. O Fairbain colocou o track da música para ele ouvir e apertou, sem o EVH saber, o botão vermelho de Rec. e gravou o que o EVH fez em seguida. O EVH disse algo como “É mais ou menos isso o que você quer?” O produtor respondeu; “Na verdade, eu quero o que você ACABOU de fazer e eu já gravei o mesmo!”. E assim o solo ficou daquela maneira – O Edward Van Halen usou uma guitarra Gibson ES-335 ligada ao seu velho Marshall Super Lead 100 para esse solo.
foram feitas mais de 20 tentativas para se conseguir aquele efeito no final da música, com o barulho da moeda. Essa moeda foi jogada em cima da mesa de gravação e usou-se um microfone Shure para captar tal som.

Strung Out, durante a primavera, quase verão de 1983, Edward Van Halen e sua então esposa Valerie Bertinelli saem em uma segunda lua-de-mel. O casal aluga a casa do Sr. Marvin Hamlish na praia de Malibu/CA. Uma vez lá e durante as horas em que não fazia nada, o EVH tomava umas cervejas e literalmente destruía as cordas do piano de cauda da casa (um Yamaha branco) colocando pilhas, bolinhas de ping-pong, queimando as cordas com pontas de cigarro até elas quebrarem, cerrando as cordas com facas e outras barbáries. Tudo isso tendo ao seu lado um gravador pequeno para registrar esse “momentos exóticos”. Pois bem, o resultado de horas de destruição viraram 1:29 minutos de intro para a música “Not Enough”. O Bruce Fairbain perguntou ao EVH se ele teria algo para colocar como introdução à balada do disco e esse lhe mostrou algumas fitas K7s bem antigas e disse para o produtor se divertir com aquilo; este garimpou algo aqui e ali e ouviu as loucuras da primavera/verão de 1983 e pediu para o EVH incluir um pequeno trecho de teclado como musical incidental. Voilá! Dizem que o Sr. Marvin Hamlish só ficou sabendo da aberração ao seu piano de cauda com o lançamento do disco e a divulgação da presente história.

Not Enough, primeiramente, o vocalista Sammy Hagar compôs a letra e a melodia de voz para essa música. Depois disso, o Red Rocker chamou o músico Edward Van Halen e esclareceu para ele como é que o vocal queria um arranjo para o piano. O EVH simplesmente sentou-se na cadeira e espontaneamente saiu a tocar uma peça para piano. E foi essa peça que ficou em definitivo na música. Detalhe; o piano NÃO foi gravado dentro do estúdio 5150; essa parte foi gravada diretamente na imensa sala da casa do EVH e de sua esposa à época, Valerie Bertinelli, local em que o piano de calda Steinway se encontra. Para conseguir aquele timbre de guitarra aparentemente único, o EVH usou um amplificador que remonta a década de 60; um Leslie Organ Speaker (ele possui um sistema de rotação). Os Beatles usaram essa técnica em 1967. Essa canção também mostra a primeira vez que o Michael Anthony usa um baixo fretless na gravação de uma música do VH.

Aftershock, a letra de Aftershock dessa música diz respeito a uma relação amorosa bem diferente; abalada, massacrada e, ainda assim, insistente em continuar, não importando o que venha pela frente. Dizem que o Sammy Hagar estaria novamente falando de seu conturbado relacionamento com a Betsy Hagar, de quem ele estava se separando naqueles dias. Em algumas partes da música, é possível se ouvir o bom e velho MXR Flanger do EVH.

Doin Time, essa música instrumental só aparece no disco Balance por insistência do EVH e do produtor, Bruce Fairbain. Se dependesse do Alex Van Halen, certamente ela não seria incluída. O AVH nega que seja um solo de bateria – “Acontece que ninguém quis tocar comigo naquele momento!”. Até os últimos instantes anteriores ao lançamento do disco, o título utilizado era “Drum Thing”.

Baluchitherium, o EVH usa uma guitarra Music Man Albert Lee com cordas mais grossas afinadas em “low A”. O título Baluchitherium veio de uma sugestão da Valerie Bertinelli; ao ouvir a música (que possuía o título provisório de “Heavy Groove”) ela disse que a música era muito pesada, “tão pesada como um Baluchitherium”. “Balu o quê”; foi a reação dos outros membros da banda presentes ao fato. Ela explicou; “Baluchitherium foi o maior mamífero que andou na Terra e ele se parecia com um Rinoceronte, só que maior e bem mais pesado. Habitou parte da Ásia (onde atualmente ficam o Afeganistão e o Paquistão)”. A comparação do animal com o timbre da guitarra do EVH é que tornou o título curioso e até apropriado. Outro detalhe; no fim da música, é possível se ouvir o cachorro do EVH Sherman (um dálmata) latindo – eles passaram fita crepe num cachorro quente e o colocaram no microfone para se captar o latido do cão, além do barulho de uma sirene capaz de estimular o cão. O motivo dessa música ser outra instrumental é justificado pela preguiça ou falta de interesse do vocal Sammy Hagar em escrever letras descentes ou apenas não querer escrever letras para essa música. O Michael Anthony usou um baixo de 05 cordas nessa gravação.

Take Me Back (Deja-Vu), o título inicial dessa música era simplesmente Deja-Vu. 02 letras previamente escritas para a mesma foram recusadas pelo produtor Bruce Fairbain. Esse foi um dos motivos do Sammy Hagar não querer essa música no disco; ele chegou a pedir a retirada da mesma e a sua substituição pela música “Crossing Over”. Detalhe; essa música é um leftover do disco “F.U.C.K.”. A introdução dessa música traz um trecho de uma antiga música do Van Halen escrita ainda nos Club Days da banda (1973/1977) – o título dessa antiga música nunca lançada anteriormente era “No More Waiting”. O violão usado pelo EVH na introdução de Take Me Back (Deja-Vu) é conhecida como Musser – um violão sulamericano que o guitarrista comprou em Los Angeles. É também possível se ouvir o EVH tocando guitarra e usando slide nessa música. Segundo o Red Rocker, a letra dessa música seria uma continuação, uma seqüência para a letra de outra música (de sua carreira solo, diga-se de passagem) chamada “Swept Away (do disco V O A ).

Feelin', essa é uma das músicas mais longas que o Van Halen gravou em toda a sua discografia? São 6:36 minutos. O Sammy Hagar chegou a apontá-la como a música mais importante do disco Balance, em sua opinião, é claro.

Van Halen - Live: Right Here, Right Now (1993)


Disc 1
Disc 2

Primeiro albúm ao vivo gravado oficialmente pela banda em 1993, o albúm reúne canções tocadas em duas noites em maio de 1992, no SellandArena, Fresno, Califórnia. A maioria das canções desse disco foi gravada na primeira noite, como os solos realizados por Eddie e Sammy.
Existe muita discução sobre as músicas deste albúm, se foram realmente gravadas ao vivo ou em estúdio, como a original de Cabo Wabo, era um Som Mais "REAL". Existe um video no Youtube que da provas de que pelomenos uma faixa foi gravada em estúdio. As provas de que foram gravadas em estúdio nunca foram confirmadas.

Disc I
  1. "Poundcake" – 5:28 (from For Unlawful Carnal Knowledge)
  2. "Judgement Day" – 4:52 (from For Unlawful Carnal Knowledge)
  3. "When it's love" – 5:22 (from OU812)
  4. "Spanked" – 5:08 (from For Unlawful Carnal Knowledge)
  5. "Ain't Talkin' 'bout love (Anthony/Roth/Van Halen/Van Halen) – 4:37 (from Van Halen)
  6. "In 'n' Out" – 6:20 (from For Unlawful Carnal Knowledge)
  7. "Dreams" – 4:49 (from 5150)
  8. "Man on a Mission" – 4:49 (from For Unlawful Carnal Knowledge)
  9. "Ultra Bass" – 5:15 (Michael Anthony bass solo)
  10. "Pleasure Dome/Drum Solo" – 9:38 (from For Unlawful Carnal Knowledge/Alex Van Halen drum solo)
  11. "Panama" (Anthony/Roth/Van Halen/Van Halen) – 6:39 (from 1984)
  12. "Love Walks In" – 5:14 (from 5150)
  13. "Runaround" – 5:21 (from For Unlawful Carnal Knowledge)
Disc II
  1. "Right Now" – 6:13 (from For Unlawful Carnal Knowledge)
  2. "One Way to Rock" (Hagar) – 4:58 (Sammy Hagar solo song, from Standing Hamptom)
  3. "Why Can't This Be Love?" – 5:22 (from 5150)
  4. "Give to Live" (Hagar) – 5:39 (Sammy Hagar solo song, from I Never Said Goodbye)
  5. "Finish What Ya Started" – 5:50 (from OU812)
  6. "Best of Both Worlds" – 5:00 (from 5150)
  7. "316" – 11:37 (from For Unlawful Carnal Knowledge)
  8. "YouReally Got Me/Cabo Wabo" (Ray Davies/Anthony/Hagar/Van Halen/Van Halen) – 7:58 (cover from Van Halen, originally by The Kinks/from OU812)
  9. "won't Get Fooled Again" (Pete townshend) – 5:41 (cover, originally by The Who)
  10. "Jump" (Anthony/Roth/Van Halen/Van Halen) – 4:26 (from 1984)
  11. "Top Of The World" – 4:59 (from For Unlawful Carnal Knowledge)
Em algumas versões, existem bônus:
  1. "Eagles Fly" (Hagar) - 6:03 (Sammy Hagar solo song, from I Never Said Goodbye)
  2. "Mine All Mine" - 5:27 (from OU812)

domingo, 3 de agosto de 2008

Van Halen - F.U.C.K.


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Poundcake, antes de mais nada, vale a pena lembrar o que o Eddie usa em "Poundcake" para fazer aquela verdadeira muralha de som que a música possui. Ele grava 02 takes de bases usando uma guitarra de nome Roger Giffin de 12 cordas. Essas guitarras possuem captadores Smith, que seriam um híbrido entre um humbucker e um single coin. Detalhe: o Roger Giffin foi funcionário da Gibson por 12 anos. A primeira música gravada para o "F.U.C.K." foi a "Judgement Day", como eu havia afirmado antes. Logo após a gravação dessa música, a Ernie Ball enviou a primeira guitarra Music Man desenhada com o auxílio do Eddie Van Halen. O primeiro protótipo era confeccionada com uma madeira diferente. Após umas 03 ou 04 modificações solicitadas pelo Eddie, chegou em suas mãos o modelo amarelo que ele tanto usa; foi AMOR a primeira vista. Com esse modelo ele grava os solos da "Poundcake" que foi composta bem devagar, embora a letra tenha aparecido num dia de inspiração do Sammy Hagar. Então, a música já estava praticamente pronta quando o Amplificador Soldano precisou trocar as válvulas para dar prosseguimento a gravação do disco. Após abrir a parte traseira do amplificador, o Matt Bruck (assistente do Eddie) deixa a furadeira Makita em cima do amplificador e o Eddie, meio distraído, acaba derrubando a furadeira ao bater o braço da guitarra no amplificador. Daí, ele pega a furadeira e, sem querer, aperta o aparelho e ele faz um som engraçado no outro amplificador ao qual o Eddie estava ligado. Aquilo deixa ele louco e ele chama o Andy Johns e pergunta se eles não poderiam utilizar aquele som que o captador da guitarra pegou em alguma música. Ora, no mesmo momento o Andy fica pensando na "Poundcake" sem uma introdução definida e sugere o uso da Makita no início da música - o Eddie aproveita e regrava o solo e inclui a furadeira em algumas partes deste. E essa é a história de como a Makita Wireless Drill entrou para a música "Poundcake". Tudo na vida do Van Halen acaba acontecendo sem que a banda force a barra;
Se por um acaso você tinha dúvidas ou não sabia o que se passa no começo de "Poundcake", os seus problemas acabaram. Eis o pequeno diálogo que ocorre entre o Eddie e o Alex no início da música:
Alex - "Ain't that some shit."
Eddie - "Ok, ready to go?"
Alex - "Yeah!"
Eddie - "Yeah?"
Alex - "Let's do it."
Eddie - "A'right."
Cuidado: para ouvir esse diálogo, você terá que colocar o volume no máximo e, ainda assim, a conversa sairá numa altura meio baixa. Mas logo em seguida a furadeira Makita entra em ação e o volume vem arrebentando.

Judgement Day, em 1990/1991, depois de escolherem o produtor Andy Johns, que havia trabalhado com o Led Zeppelin e The Rolling Stones, a banda e o produtor perguntam ao Eddie quantas músicas ele já havia feito ou quantos riffs ele poderia apresentar para iniciarem os ensaios e a gravação de um novo disco. A resposta do Eddie foi:
- “Hell, I got nothing. Well, give me until....uh,... tomorrow. I'll get something."
Daí, ele passa a noite com o violão e acaba compondo "Judgement Day". O termo que ele usou para definir os riffs da música foram "A Real Headbanger Stuff".
Como o estúdio 5150 esteve em reforma no início de 1990 (foi instalada uma nova mesa contendo 36 canais com GML automation e criada uma sala só para a bateria, o que dobrou o tamanho do estúdio), o Eddie praticamente passou um ano inteiro sem encostar em uma guitarra. Essa música foi gravada antes da apresentação da guitarra que se tornaria o xodó do Eddie naqueles dias: a Music Man Ernie Ball. Ele utilizou a sua companheira de longa data, Frankenstrat, para a gravação.

Spanked, a criação da música "Spanked" possui uma história bem interessante. O Andy Johns, produtor dos discos "F.U.C.K." e "Live: Right here, Right now", ao chegar pela primeira vez no 5150, o estúdio, achou-o pequeno, apesar da reforma que este sofrera em 1990/91. Dai, ele desistiu da idéia de ter dois engenheiros de som ao seu lado (ele trabalhou só com o Ken or "Murray" Deane). Mas ele ficou muito impressionado com as caixas de som que ficam no estúdio e que permitem ouvir o resultado do que foi gravado. O tempo todo ele dizia que aquilo "espancava a cabeça do ouvinte". O Eddie não aguentava e ria sem parar quando o produtor inglês insistia em dizer 'Spanked' o tempo todo. O Eddie é viciado em televisão; O Sammy não gosta muito, mas durante um intervalo ou outro das sessões de gravação do "F.U.C.K.", ele ligava a TV e ficava viajando no controle remoto, até que um Comercial de Tv chamou sua atenção. O comercial falava de um número de telefone para você ligar e se sentir aliviado e de bem com a vida ao conversar com mulheres do outro lado da linha. 0 número do telefone era: 1-900-SPANKED. Engraçado é notar os preços que o Sammy fala: "Free dollars - first minute, After that, cost you Four". Os telefones americanos têm programação para usar as letras, além dos números, é claro. Desse comercial é que surgiu a letra de "SPANKED", vez que o título eles roubaram da expressão usada pelo Andy Johns. O Chefão à época da Warner Bros. e responsável pela contratação do VH em 1977, Mo Ostin, reagiu assim ao ouvir pela primeira vez a música, antes do lançamento do "F.U.C.K.": "Gee guys, that's er.......nice".

Runaround, assim como no disco "OU 812", as músicas compostas para o "F.U.C.K." foram feitas uma a uma, só que, dessa vez, sem pressa e todo o processo de gravação, mixagem, masterização, fotos, e tal levou um ano inteiro para ser executado. Então, a criação de "Runaround" foi mais ou menos assim: o Eddie aparece com uma idéia e mostra a todos da banda que opinavam "sim" ou "não" para as bases apresentadas. Daí, rolava umas jam sessions e o esqueleto da composição era gravado e alterado com as opiniões de cada um. Foi um desses processos de trabalho conjunto que criou a música de "Runaround" - as primeiras bases apresentadas foram a do chorus e a base de introdução. Guitarra usada pelo Eddie: há controvérsias – uns dizem se tratar de uma Fender Telecaster e há rumores de que teria sido a mesma Ernie Ball Music Man. Eu acho o timbre dessa música hiper diferente de todo o disco, então eu arriscaria dizer que se trata da Fender. O vídeo clip é muito legal e foi gravado em cima de uma plataforma circular que podia mover-se a uma velocidade máxima de 27 km/h. Diz o Michael Anthony que, por duas vezes, ele esqueceu desse detalhe e foi parar nos bastidores do set de filmagem, arremessado fora do tablado.

Pleasure Dome, a música "Pleasure Dome" foi meio que montada pelo Alex Van Halen a partir de 03 riffs que o Eddie possuia há vários anos, mas que não haviam gerado uma música até aquele momento. Na "Pleasure Dome" pode-se encontrar o momento mais pesado do disco e, por conseguinte, essa é a música que o Alex escolhe para fazer seu solo de bateria quando na turnê do disco. A decisão de incluir "Pleasure Dome" no "F.U.C.K." foi do Alex e do produtor, Andy Johns, principalmente porque se repetiu o clima de Led Zeppelin nessa música e na "Spanked". O Alex Van Halen certamente deve ser o baterista que há vários anos é o mais ligado a hereditariedade deixada pelo John Bonham, pois ele usa a mesma bateria (Ludwig), os mesmos pratos (Paiste) e tem a mesma pegada e atitude para com o instrumento. O Eddie utiliza a Steinberger Trans Trem GL2T equipada com captadores EMG Humbucking na gravação.


In 'N' Out, ao contrário do que muitos pensam, a letra de "In & Out" não está relacionada, em momento algum, a sexo. Quando da gravação do "F.U.C.K.", aconteceu que um familiar do Sammy Hagar infelizmente veio a óbito e a família estava meio sem grana para fazer o enterro e o pessoal acabou ligando para o Sammy Hagar para dar a má notícia e pedir uma ajuda no enterro do familiar. É claro que o Sammy não criou caso e se dispôs a ajudar e a acompanhar todo o funeral. O que ele estranhou foi o fato do preço para enterrar o seu parente. Além dos gastos com o funeral, os impostos e taxas para a Certidão de Óbito eram excessivas, segundo a sua opinião. Daí, ele concluiu que era mais barato nascer do que morrer. A sua reação a essa conclusão foi a frase: deve-se pagar o mesmo valor para nascer ou para morrer. Ou seja: "Same amount, In & Out". Na aletra da música, ele até exagera e diz que as contas sempre o perseguiram desde o seu nascimento e isso é claro nos primeiros versos da letra de "In & Out". O trabalho de baixo que o Mike Anthony deu a essa música é um caso à parte. Ele grava de palheta nada menos que 03 takes que ficaram em definitivo no disco. São 03 linhas de baixo para uma única música. O Mike sempre usou 03 microfones dispostos 02 na diagonal e 01 direto na frente do Amplificador, mas o trabalho do engenheiro Donn Landee nunca foi caprichado para o baixo, até porque a estrela a bilhar era a guitarra do Eddie. Mas o Andy Johns, produtor do "F.U.C.K.", deu as manhas para o Mike e para o Eddie conseguirem captar o melhor som de baixo gravado nos discos do Van Halen.

Man On A Mission, talvez poucos saibam, mas o Eddie Van Halen é um exímio baixista, além de guitarrista e tecladista. E ele criou o riff inicial de "Man on a Mission" quando estava tocando baixo. Mais uma vez o Eddie usa a EBMM - Ernie Ball Music Man - para a gravação das guitarras.

The Dream Is Over,
"Pssshiu! Hey, come on, man. Wake up!". O Eddie usa um protótipo de um pré amplificador confeccionado pelo Bob Bradshaw nas bases dessa música. Ele usa a sua famosa EBMM amarela na gravação de "The Dream Is Over".

Right Now, o esboço dessa música foi mostrada ao Dave Lee Roth ainda em 1983, mas ele não deu muita atenção. O Eddie gravaa essa música com uma guitarra chamada Kramer Steve Ripley Stereo Guitar como instrumental para o disco "1984", mas ela fica como "leftover". Então, o Eddie meio que deixou a música de lado, mas vez ou outra ele ficava brincando com ela dentro de sua casa, na sala de estar, onde fica seu piano de calda Steinway. Até que ele e convidadopara compor a trilha sonora do filme “The Wild Life”, no qual possível ouvir trechos do que mais tarde nós conheceríamos como “Right Now”. O Sammy Hagar era intrigado com aquela obstinação e num surto de inspiração em sua casa (não muito distante da do Eddie), ele criou uma parte do pré-chorus e todo o chorus. Daí ele liga no meio da noite e pergunta ao Eddie se ele poderia repetir a música que ele vivia tocando no piano. O Eddie vai até a sala e toca a música e o Sammy do outro lado da linha vai cantando o que ele acabara de escrever. Fora o Sammy, a pessoa que o Eddie queria ver e ouvir cantando "Right Now" era o Joe Cocker, justamente porque o Eddie se lembrava do groove de "Feelin' All Right" e sonhava ter gravado a música com o Joe. Outro detalhe: a vontade do Eddie era de que a guitarra aparecesse somente na hora do solo, mas ele acabou ouvindo o Andy Johns e colocou os riffs que a gente conhece em toda a canção.

316, 16 de março de 1991 marca a data de nascimento do filho do Eddie e da Valerie Bertinelli, Wolfgang William Van Halen (Hospital St. John - Santa Monica/CA). O Eddie já tocava os riffs de "316" nos shows da turne do "5150" e do "OU 812", durante o seu solo. Daí, o produtor Andy Johns pediu ao Eddie se ele não gostaria de colocar algo acústico, mas que tivesse um significado diferente. Ora, o Andy já havia visto o Eddie ninando o garoto com aqueles acordes e propõe, junto com todos da banda, essa gravação, idéia da qual o Eddie topa na hora. Ele usa um violão Chet Atkins acoustic solid body com cordas de aço. Ele grava direto na mesa e coloca um efeito do Eventide Harmonizer depois. Uma bela canção de ninar, diga-se de passagem.

Top Of The World, você já havia reparado alguma semelhança entre "Jump" e "Top of the World"? Pois é verdade, elas guardam como semelhança o riff final (fade out) de "Jump" que irá ser o riff inicial de "Top of the World". Por insistência do Andy Johns foi que a música acabou entrando no disco e ficando de vez em nossa memória. Dizem que o "F.U.C.K." possui outras 06 a 08 músicas que ficaram de "leftover" e que, se não fosse a intervenção no fim do processo de gravação do Ted Templeman, haveria a possibilidade de sair um álbum duplo de estúdio. A bronca dele foi comparar o Van Halen com a megalomania do Guns'n'Roses que lançou na mesma época uns dois discos de estúdio. O Eddie usa a sua famosa 1958 Gibson Flying V "Hot for Teacher" na gravação dessa música. Me like it...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Van Halen - OU812 (1988)


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M
ine All Mine
, além de ter sido a primeira música gravada para o novo disco do Van Halen após o magnífico sucesso do "5150", a música "Mine, All Mine" foi composta pelos irmãos Van Halen em uma de suas infinitas jam sessions no mesmo dia em que o Eddie criou, dentre outras, a "When It's Love" (Abro um parêntese: quando da morte do Sr. Jan Van Halen em Dez/1986, seus filhos tocaram juntos em homenagem ao pai por incontáveis 09 horas as velhas músicas que o patriarca Van Halen costumava tocar. Outro exemplo foi a criação de "And The Cradle Will Rock...", que surgiu mais da expiração do que da inspiração - 03 semanas ensaiando por 04 horas diárias no porão da casa dos pais do Dave Lee Roth em 1979). O solo dessa música seria um dos solos mais fáceis que o Eddie executaria e sua gravação aconteceu no primeiro take. O Sammy adorou a música logo de cara e durante as 02 semanas seguintes ele escreveu a letra. O grande problema encontrado na gravação de todo o "OU 812" foi a definição dos timbres da bateria. Pensemos o seguinte: se o Alex estiver contente, então a banda estará e os takes de guitarra e baixo ficaram mais fáceis de serem gravados depois. Mas isso não aconteceu assim tão fácil e o Donn Landee, engenheiro e produtor desse disco, teve mais trabalho dessa vez, pois o Alex não queria novamente usar a bateria eletrônica Simmons, utilizada no "5150" (tom tons e bumbo). A solução foi diminuir o tamanho da bateria e utilizar um trigger para os bumbos na hora da mixagem. Como o Diogo já postou com a devida categoria, a letra de "Mine, All Mine" é uma ode a si mesmo; seja sempre seu melhor amigo.

When It's Love, essa foi a primeira música que o Eddie criou para o novo disco, mais tarde entitulado "OU 812". Ele ficou com os acordes iniciais da música por praticamente 01 semana na cabeça e enquanto não terminou a música toda, ele não iniciou outras. Sua mente compôs nada menos que 04 musicas em um único dia, todas elas compostas no teclado: "When it's Love", "Mine, all Mine", "AFU" e "Black & Blue". O nome de trabalho era algo do tipo "How Do I Know When it's Love?" O que ele tinha em mente era criar uma música melódica e simples, que fosse direto ao gosto popular. Na verdade, ele foi muito criticado por criar mais esse "Pop Tune", mas não se mostrou muito preocupado com essa reação. Naqueles dias, o que ele mais preocupava o Eddie era a troca da cerveja Heineken pela Coala Coolers e o cigarro Marlboro pelo Merit Ultra Lights. Literalmente, esse foi o disco que o Eddie Van Halen mais bebeu dentre todos os gravados anteriormente. Em sua vida privada, o momento era crítico, pois sua esposa não conseguia engravidar e isso o deixava muito tenso. Depois de um tratamento para que a gravidez corresse tranqüila é que o Eddie e a Valerie ficaram mais relaxados (na verdade, esse tratamento se estendeu por 02 anos).
A.F.U, inicialmente, o título dessa música do "OU 812" demorou a ser definido, pois hora ela era chamada apenas de "A.F.U.", hora era de "Naturally Wired". Ao se definir pelo título que consta do CD, uniu-se o útil ao agradável; nada mais justo. Sabem aquela batida inicial da música?
tum tum tum pa (Chomp)
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tum tum tum pa (Chomp)
tum tum pa (Chomp)
Pois é, essa batida foi criada pelo Eddie Van Halen em 1985, mas ele nunca lembrava de usar em alguma de suas músicas. Até que o Alex perguntou como era mesmo essa batida. O Eddie tocou e o Alex sugeriu que a batida fosse colocada no início de "A.F.U. - Naturally Wired". Não esqueçamos que o Eddie era baterista antes de virar um Guitar Hero. A batida foi idéia do Eddie baseada em alguma música do Led Zepellin que ele costumava ouvir, embora ele mesmo não se lembre qual foi a música que o inspirou.

Cabo Wabo, essa foi a primeira sugestão de título para o disco "OU 812", pois, segundo o Eddie, o novo disco do Van Halen era puro Rock'n'Roll. O Sammy estava para inaugurar seu bar temático em Cabo San Lucas (México) e sua empolgação era enorme. Ele não parava de falar do lugar, das qualidades do mar do Pacífico e, principalmente, das belas mulheres que desfilavam pelos resorts. Comentando com o Eddie, ele disse que estava escrevendo uma letra acerca do local e perguntou se o Eddie não teria uma música nova e diferente para mostrar. O Eddie tocou uns riffs diferentes que ele tinha composto dias antes e o Sammy berrou algo assim: "Man, this is PERFECT for Cabo". O título de trabalho da música "Cabo Wabo" era: "Face Down in Cabo". Na gravação, o Eddie usa uma guitarra Fender 12 cordas ligada ao seu Baby Marshall 100 watts, mas no solo ele usa a Kramer Baretta 5150 com um wah-wah ligado, mas não acionado; foi usado apenas para dar um timbre diferente. O baixo do Mike foi plugado direto na mesa e eles só colocaram efeito depois na mixagem.

Source Of Infection, ao mesmo tempo em que a banda continua a realizar as gravações de "OU 812", o empresário Ed Lefller começa a produzir, tendo o Van Halen como headliner, o festival intinerante que viajaria vários estados americanos e só se apresentaria em estádio e ginásios, entitulado "Monsters of Rock" tour. O pontapé inicial, após 02 anos de hiato do VH dos palcos, ocorre no Alpine Valley Music Theater, Wisconsin (27.05.1988). Além do VH, são convidadas as bandas Scorpions, Dokken, Kingdom Come e Metallica. Foram 20 datas e um equipamento de 260.000 watts, mas um médio fracasso em algumas cidades, o que não atrapalhou em nada o sucesso da banda. Só no mês seguinte é que o disco chega ao mercado e alcança o 1º lugar nos EUA e o 16º no Reino Unido em termos de parada de sucesso.

Feels So Good, de todas as músicas gravadas para o disco "OU 812", "Feels so Good" foi a que mais trabalho deu a todos da banda. Ela foi gravada e, posteriormente, modificada até que a banda achasse o ponto que eles consideravam o correto para a música. Essa música, ao lado de "When It's Love", possue o maior número de overdubs de todo o disco. Grande parte das letras do disco foram escritas pelo Sammy na Baja California, México por conta da inauguração de seu bar temático, o Cabo Wabo Cantina, no balneário de Cabo San Lucas. O que o Alex fez na bateria foi algo de espetacular, na minha pobre opinião. Ele não estava gostando do som de seu chimbal, pois em sua mente a batida meio reggae que o música tem não estava totalmente completa e algo faltava. Daí, ele resolve experimentar algo que ele lembra ter visto de um de seus ídolos, Ginger Baker, baterista do Cream. Ele une 02 crash ride da Paiste e usa-os como chimbal. Em sua opinião, aquilo ficou "amazing". O "Chomp" (aquele som de se abrir e fechar do chimbal) ficou maestral. Mas esse segredo só foi revelado quando do registro do vídeo clip da música. Aquele solo do Eddie é algo monstruoso de bom. Foi uma das músicas que mais me surpreenderam dentre todas as gravadas pelo VH no disco "OU 812". Acho que é isso.

Finish What Ya Started, o título de trabalho que a banda deu a "Finish What Ya Started" era "Baby Come On". Segundo o Eddie, essa música seria um cruzamento do Van Halen com The Rolling Stones (!!). O Eddie usou uma Fender Strat direto na mesa e o Sammy participa da música com o violão que ele usa no vídeo clipe nos acordes que aparecem do lado esquerdo do aparelho de som (pelo menos no meu!). No decorrer das gravações do "OU 812", várias foram as vezes que os músicos de bandas como o Scorpions, Metallica e Dokken apareceram na casa do Eddie para definir datas e locais da turnê "Monsters of Rock". No dia em que a "Finish What Ya Started" foi finalizada, os músicos do Scorpions estavam lá e ouviram em primeira mão a música. O Klaus Meine emitiu a seguinte opinião (lembrem-se de usar um sotaque alemão): "Oh, ja, ja, Ees verrry nice...". Daí o Alex surge com a seguinte frase: "Hey, you guys are doing a great job pretending you like it". Laughs all around.

Black And Blue, definição do Eddie para "Black & Blue": "B&B is a heavy funk - it's slippery, it's grungy, more of a kids'... what am I talking about - I'm a KID. I'd would like the first single to be something grungier. I don't want people to think: 'Oh! Van Halen went pop'." Ou seja, o Eddie queria algo mais pesado que "B&B" para ser o primeiro single - Eles acabaram optando por "When It's Love". Essa música foi composta pouco depois de "Mine, All Mine" e "A.F.U. - Naturally Wired". O Eddie diz que usa uma "Bradshaw" nessa música, durante as gravações. Mas ele não é muito específico. Explico: durante meses consultei alguns amigos da comunidade e recebi retornos explicando que o sistema Bob Bradshaw é utilizado para os pedais de guitarristas ao vivo - sem utilidade prática em estúdio. As guitarras Bradshaw são as conhecidas "Guitarras havaianas", que se toca sentado e com slide, embora existam modelos para se tocar em pé. Como eu citei, o Eddie não é muito específico e deixa essa pequena lacuna quanto ao esclarecimento do que ele realmente usou nessa música.

Sucker In A 3 Piece, o Eddie faz aqueles "wings" no início da música, daí o Alex entra com uma batida a lá "Panama" (o Eddie mantém-se tocando outra base) e vem a segunda base que supostamente teria sido criada para alguma música do disco "1984". Não se trata de leftover; apenas essa base em especial teria sido criada alguns anos antes. Não se tem toda a certeza do mundo quanto a isso porque o Eddie ora lembra disso, ora esquece e sempre paira uma dúvida no ar. A única certeza é que essa música, assim como a "Feel so Good", "Source of Infection" e "Black & Blue", foi gravada quase que ao vivo, em primeiro take, por conta do atraso nas gravações. Isso é latente ao se analisar friamente a letra de "Sucker": o Sammy se repete 02 vezes. A primeira diz respeito a ele usar o verso "9 on a 10 scale", que seria o título de um disco seu na carreira solo. A outra repetição está no mesmo disco, na música "Cabo Wabo"; o Sammy repete algo como "She take me down, down, down, down to the bottom" e ele usa uma variante desse verso na "Cabo Wabo". O Eddie usa overdub em uma única base (ele usa 02 guitarras: a Steinberger Trans Trem e a Kramer 5150 Baretta - até o "OU 812" o Eddie jamais tinha usado as Kramers para gravações; seu uso era restrito a estrada), embora ele faça o solo SEM overdub. O Mike, mais uma vez, liga o baixo direto na mesa, o que prejudica em muito sua performance no disco.

Apolitical Blues, em 1977, quando o Van Halen foi (sub) contratado pela Warner Bros., eles gravaram uma fita demo contendo 28 músicas. Dentre essas músicas gravadas, estava uma versão mais pesada de " A Apolitical Blues". A sugestão por fazer um cover do Little Feat alguns anos depois foi do Donn Landee e todos da banda gostaram da idéia. Esta música saiu como lado B do segundo single oriundo do "OU 812", "Black & Blue". Sua gravação levou algo em torno de 30 minutos para ser realizada e totalmente concluída, incluindo a mixagem. Foram usados apenas 02 microfones colocados no alto da sala única de gravações do 5150 naqueles dias e o Eddie fez o overdub do piano pouco depois copiando o que o pianista Billy Payne havia feito no original. Ele usa uma guitarra Airline preta com slide ligada a um minúsculo amplificador Music Man e o resultado ficou praticamente igual ao original gravado pelo guitarrista Lowell George. Abraços aos que estão lendo esses posts e aos que não lêem, também.

Rodolfo - Entrevista (Pós-Raimundos)


" ROLOU DE EU ORAR EM LÍNGUAS "

O linguajar é nitidamente misturado. A gíria e o evangeliquês agora são inseparáveis no vocabulário do cantor Rodolfo Abrantes, ex-vocalista da banda Raimundos. Ele não mudou somente a carreira profissional, ao anunciar, em junho do ano passado, sua saída do bem-sucedido grupo brasiliense, seis meses após ter se convertido à fé evangélica. Hoje, a vida do irreverente roqueiro é tão diferente, como são diferentes as letras de seu novo disco, Estreito (Warner Music), com a recém-criada banda RODOX. As músicas recheadas de palavrões deram lugar a mensagens cristãs.

Rodolfo, que se confessa admirador da cantora evangélica Cassiane, garante que sua nova banda não é gospel. O estilo, realmente, nada tem a ver com a música que se canta nos cultos evangélicos. Há punk-rock, ska, hip hop e outros ritmos eletrônicos. A inspiração, agora, não está nas mazelas sociais. Aos 29 anos, Rodolfo conta que foi batizado com o Espírito Santo e recebeu o dom de falar em línguas estranhas.

Quem acompanhou as duas fases de Rodolfo nota a diferença: "Conheci Rodolfo antes de virar crente e prefiro o seu jeito atual", endossa DJ Bob, parceiro do Rodox. Rodolfo recebeu ECLÉSIA para uma conversa exclusiva. Demonstrou estar muito à vontade em falar para uma revista evangélica. "É a primeira entrevista com perguntas diferentes", confidenciou, acrescentando que estava cansado de ver sua fé ser ironizada.


Você já foi discriminado devido à sua aparência ou seu passado?
Não. É uma coisa bem tipo assim, a igreja lá tem a doutrina, não tem nada que escandaliza, tem as irmãs do estreito [grupo de oração], mas o pastor não prega religiosidade. Ele prega comunhão com Deus, então é aquele negócio - se Deus aceitou todos nós, porque o homem não vai aceitar? Ou seja, lá, o pessoal não fica apontando. Não tem essa, se bem
que eu não sou o protótipo do evangélico. Muita gente já tem um estereótipo do evangélico: aquele cara de terno, com a Bíblia na mão, pregando no ônibus. Não assiste

Como foi sua conversão?
Na real, eu me converti em casa. Convidei algumas irmãs do círculo de oração para fazer uma campanha, uma tarde de oração. Foi um círculo de oração. No começo, como eu disse, achei meio maluco, eu não conhecia nada. As irmãs orando em línguas, sendo tomadas pelo Espírito Santo. Aí eu, eita! Nunca tinha visto nada parecido, fiquei assustado, mas deu para perceber que era algo do bem, que estava tudo dentro da Palavra de Deus. Não foi algo que me bloqueou, pelo contrário, senti que aquilo era verdadeiro.

Você, como crente pentecostal, é batizado no Espírito Santo?
já rolou algumas vezes de eu orar línguas. Não acontece toda a vez, é uma coisa bem natural. Choro bastante na presença de Deus.

Rodolfo, você se considera um exemplo de atitude para os evangélicos?
Cara, não sou exemplo não. Seria muita vaidade da minha parte dizer isso. Eu nunca me preocupei em passar uma imagem que não tenho ou tentar parecer algo que não sou. Eu fui natural, realmente eu tenho Deus no coração e acho que isso é natural. Você sendo você mesmo, tendo a consciência limpa sem nada te condenando, não pode ter medo de nada, nem de tomar atitude nenhuma.

Como ficou seu relacionamento com sua família, após a sua conversão?
Melhorou cem por cento. Agora eu consigo olhar nos olhos; antes, eu era muito fechado.

No Raimundos, você cantava contra o sistema. Você pretende fazer isso também no meio evangélico?
Eu fui a várias igrejas e vi várias diferenças. Ninguém me julgou e também não vou ninguém. Acho que se a gente olhar para o homem, a gente vai se decepcionar. Sabe, ninguém é perfeito, se você encontrar algum [perfeito], pode ter certeza que ele é Jesus. Eu nunca fui para a igreja para olhar para o homem, para a religião. Vou para adorar a Deus, para orar e ouvir sua palavra. Sei que Deus opera, então é assim.

O que você gosta de ouvir na música evangélica?
Gosto de ouvir Diante do Trono e Cassiane. São as minhas preferidas. Quando estou em casa, ponho pra tocar, é bom. Quando vou a alguma igreja, tem sempre alguém cantando.

Foi difícil largar as drogas?
Você já ouviu aquela palavra na Bíblia que diz: "Entrega-me teus caminhos e eu endireitarei"? Então, foi só isso que eu fiz. Eu só buscava a Deus e as coisas boas iam acontecendo. No meio de um baseado, uma vez - eu continuava fumando depois de me converter -, acabou a vontade. Falei: "Esse é o último". Não tive problema nenhum. Não tive tentação de voltar, vi que aquilo foi tirado de mim.

Você tem recebido propostas para dar testemunho e cantar em outras igrejas?
De testemunhos tenho recebido várias. Outro dia, falei em Recife, para o grupo Surfistas de Cristo. Fui em muitas igrejas, mas para tocar fica difícil... É só pancadaria, meu som não se classifica como som evangélico, apesar de ser feito por um crente.

Muitas pessoas dizem que artistas convertem para buscas um novo público - no caso, o evangélico. Já disseram isso de você?
iria continuar a fazer o som que eu gosto e mudar um pouco a temática das letras. Quero falar do que eu vivo, e de como minha vida está diferente. Sofri muita perseguição, sim. O mundo é muito louco, aí. Desde que Cristo veio, os cristãos são perseguidos, está na Palavra. A Bíblia diz: "Por causa do meu nome, serão perseguidos." Então, isso acontece mesmo. Todo mundo assiste o filme de Jesus no Natal e se emociona, mas, seguir que é bom, ninguém quer, saqualé? Então é assim. Por mim, isso nem se tornaria público, é algo pessoal meu. Não precisava as pessoas fazerem tanto barulho, mas fizeram, não é.


Fonte: Revista eclésia (A Revista Evangélica do Brasil)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Van Halen - 5150 (1986)


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Good Enough, o Eddie usa cordas de baixo na sua famosa Charvel Strat para "engordar" o timbre que ele consegue nessa música. Outro detalhe: ela foi a segunda música gravada pela banda para o "5150" e seus riffs já haviam sido mostrados ao Dave Lee Roth pouco antes dele sair do Van Halen.

Why Can't This Be Love, o Eddie é um workaholic: costuma levar trabalho para casa. Ora, seu estúdio fica atrás de sua casa, subindo um pequeno morro. Quando está inspirado, ele costuma levar ora uma guitarra, ora um teclado e, às vezes, usa o piano de cauda que tem em casa. No dia em que ele compôs a "Why Can't This Be Love?", ele levou seu Oberheim OB 8 para sua cama (!) e terminou a música por lá(!!). Depois, ele mostrou o que criou para a banda e a primeira pergunta que ouviu do Sammy foi: "Você não se importaria se eu seguisse a linha do teclado na hora do refrão?". Ele preferia que não, mas optou por não criar nenhum obstáculo àquele pedido. Engraçado notar é que o Ted Nugent, guitarrista amigo do Eddie, perguntou quando do lançamento do disco "5150" qual a guitarra e os efeitos que o Eddie nessa música, sem se tocar que o riff principal é de um teclado e não de guitarra. Outro detalhe: o Eddie gostou muito do que o Sammy fez na parte em que ele segue cantando por cima da parte do teclado, anterior ao solo, algo do tipo:
"Tchu ru tchu ru tchu ru
tchu ru tchu ru tchu ru uhararaur
tchu ru tchu ru tchu ru
tchu ru uhararaur. Whoa!"
Ele afirmou que dificilmente o Dave faria algo daquela natureza nessa música.

Get Up, música gravada com a famosa guitarra Steinberger Trans Trem.
Uma das músicas na qual o Diamond Dave trabalhou junto a banda ainda em 1985.

Dreams, o Eddie grava os teclados como fez em "Love Walks In", sozinho. Mas ele liga o Oberheim ao seu 1912 Steinway DENTRO DO ESTÚDIO e digitaliza o sinal de um no outro. Falei sobre isso no primeiro e-mail: o Werner escreveu isso só com o conhecimento de engenheiro e pelo que ele ouviu - e depois ele vem me dizer que não tem ouvido treinado para a música. Ora bolas! É claro que tem! Porque a Simmons? Ora, os caras precisavam ensaiar e se conhecer dentro do 5150 e o espaço do estúdio era mínimo para comportar a parafernália que o Alex usa/usava. Daí, ele optou por usar a Simmons porque era mais fácil de se controlar os graves (tons, surdos e bumbos). Só a caixa (snare drum) é que era acústica, bem como os pratos. Idéia do Alex e do Donn Landee. "Dreams" teve o famoso clipe dos 40 anos dos "Blue Angels"; uma espécie de Esquadrilha da Fumaça de lá, mas com muito mais know how e experiência. É claro que a nossa, atualmente, não deve nada, mas os caras usam jatos supersônicos, o que não é pouca "shit". A MTv adorou o clipe. Veja: o clip de "Dreams" no Whisky a Go Go é de 1991/1992 e é outra coisa; há um clip de "Dreams" sem que a banda apareça e é o dito que comemora o aniversário dos Blue Angels - é o bicho de bom. Outro Detalhe: O vídeo clipe de "Why Can't This Be Love" NÃO foi tirado do vídeo "Live Without a Net"; o Clipe de "Best of Both Worlds" foi retirado do vídeo oficial, mas a primeira música, não.

Summer Nights, Segundo alguns "insiders", essa música foi a que o Classic Van Halen mais trabalhou em 1985. O título provisório seria "Eat Thy Neighbor" e a melodia da voz é praticamente a mesma que se no que acabou recebendo esse título (Summer Nights). Outra música que o EVH usou a tal Steinberger na gravação.

Best Of Both Worlds, Marca definitivamente a era Van Hagar, essa música foi totalmente diferente de tudo que VH criou.

Love Walks In, o Eddie acorda no meio da noite e corre para o seu piano na sua sala de estar e grava uma melodia que lhe veio na cabeça no pequeno K7 que ele sempre mantém perto do mesmo piano. Dia seguinte, ele olha o dito gravador em cima do piano e não se lembra de que havia gravado algo. Então, ele liga o tape e ouve os primeiros acordes de "Love Walks In". Claro, ele adora o que ouve e fica inspirado logo de cara e acaba fazendo toda a música. Naqueles dias anteriores a paternidade, o Eddie costumava acordar por volta das 10:00/11:00 horas.Na hora da gravação da "Love Wlaks In" ele fica ISOLADO no estúdio e grava todo o teclado SEM o restante da banda. Parece brincadeira, mas não havia ninguém além dele. Quem pode testemunhar esse jeito exótico de gravação é o Donn Landee, engenheiro de som do disco e co-produtor junto com a banda e o Mick Jones. Lembre-se: o Mick Jones é o guitarrista do Foreigner. Naquela época, ele estava fazendo sucesso com a música "I Wanna Know What Love Is" ou algo similar; só sei que essa novela das 21:00 da Rede Grobo passa uma versão meio fraquinha dessa música; acho que a versão original era BEM melhor. Depois, na hora de se gravar o restante dos instrumentos, vai o Alex van Halen primeiro e grava a bateria usando o "click" - metrônomo - pela PRIMEIRA VEZ NA VIDA. Essa música foi bem em "first take", assim como a "Get Up", a "Summer Nights" (cujo título seria "Summer Nights and My Radio" - o restante do verso, óbvio) e a 'Best of Both Worlds'.

5150, ligação DDD da Califórnia para Nova York. 03:00 da manhã de setembro/1985. O Eddie liga para o Sammy para lhe mostrar uma música completa que ele acabara de compor. Eddie e Sammy ficam conversando sobre as possibilidades da nova música por quase 03 horas no telefone. O Sammy disse que ele teve que se esmerar para criar uma letra que não atrapalhasse em nada os riffs da música, pois seu andamento era tão perfeito (em sua opinião) que até poderia dispensar o uso de qualquer letra e, se fosse o caso, manter a música como instrumental.
O Eddie usa na gravação a sua famosa Gibson Flying V "Hot for Teacher", porém utiliza uma guitarra diferente no solo: provavelmente trata-se de uma Kramer, embora não se saiba o modelo específico. Nem o próprio Eddie se recorda. Eu me lembro que a primeira Kramer que ele recebeu da fábrica foi uma Pacer branca com tremolo Rockinger.
PS.: O nome Kramer Guitars, hoje, pertence a Gibson Guitars.

Van Halen - 1984 (1984)


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1984, o trecho de teclado contendo pouco mais de 01 minuto (editado) foi gravado num momento de relaxamento do Eddie dentro de seu estúdio. O Donn Landee aproveitou que o Eddie estava brincando com seus teclados e gravou-o executando aquela peça ainda sem título. Foram aproximadamente 31 minutos de gravação. O título da música e do álbum (1984) foram sugestões da esposa do Eddie, Valerie Bertinelli em referência ao livro do George Orwell - 1984. O Edward foi diminuindo o tamanho da peça por conta do pedido dos outros membros da banda, até chegar ao tempo que ficou registrado no disco.

Jump, "Jump" foi composta pouco tempo depois de "Sunday Afternoon in the Park", instrumental do disco "Fair Warning", música anterior a "One Foot Out the Door". Nesse primeiro momento, os outros membros da banda NÃO gostaram da música. Isso ocorreu em 1981. Só que em 1983 o Eddie novamente mostra a música e TODOS da banda gostam dela. Melhor assim, de acordo com o velho ditado: "Antes tarde do que nunca". A música que o Dave não queria incluída no "1984" era a "I'll Wait". Houve pressão do Eddie e do Donn Landee e o Dave cedeu e aceitou a inclusão dessa última.

Panama,
1) Inspiração do Eddie para compor "Panama": AC/DC - é que ele assistiu ao show do AC/DC no "Day on the Green Festival" no qual o Van Halen abriu para a banda dos irmãos Young.
2) Panama Express - Esse é o nome do Hot Rod no qual o Dave se inspira para escrever a letra - Isto quer dizer que ele escreve sobre carros rápidos, ao contrário do que se pensou inicialmente que ele escrevia sobre garotas (as usual!). Acho que ele combina as duas - o que é aliar o útil ao agradável. Hehe!
3) Música gravada em first take.
Após o solo, pode-se ouvir o ronco da Lamborghini Countach LP 500S 1972 de propriedade do Eddie. Eles esticaram microfones e colocaram o ronco do escapamento no trecho em que o Dave fala algo do tipo: "... I can barely feel the road from the heat coming off...".

Top Jimmy, a letra de "Top Jimmy" faz menção ao líder da banda Top Jimmy and the Rhythm Pigs, banda de blues do cenário de Los Angeles. Essa banda lançou um disco em 1987 entitulado "Pigus Drunkus Maximus". O Eddie usou a Ripley Stereo Guitar nessa música.

Drop Dead Legs, esta música foi gravada pelo Donn Landee tendo apenas o Eddie e o Alex no estúdio. No dia seguinte é que o Dave, o Mike e o Ted Templeman tomaram conhecimento do que os irmãos Van Halen haviam feito na noite anterior.

Hot for Teacher, o Eddie testa mais ou menos umas 07 guitarras diferentes até optar pela Gibson Flying V. É que ele queria que a transição entre as partes pesadas e as partes suaves da música "Hot for Teacher" pudesse acontecer sem nenhuma distorção, interferência sonora, microfonia. E isso ele só conseguiu com a Flying V. Dai em diante essa guitarra passou a ser conhecida como a "Hot for Teacher" Flying V. Ele a usa novamente em "Top of the World" do F.U.C.K. (1991).

I'll Wait, A letra de "I'll Wait" diz respeito a uma guria que aparece numa propaganda da Calvin Klein usando uma CUECA. No "BOBW", finalmente, fizeram menção de citar o nome do Michael McDonald (vocal dos Dobbie Brothers) como co-autor da música. Na verdade, a participação dele é menor, mas foi ele quem deu a sugestão ao Dave Lee Roth para criar a letra da música em questão. Pode parecer bobagem, mas a "I'll Wait" por muito pouco não ficou de fora do disco "1984", sobrando como leftover, o que seria uma pena, pois ela é uma música maravilhosa (em minha opinião) e por conter um solo magistral. A história diz que o Eddie mostrou a música na mesma época em que a banda 'redescobriu' a música "Jump" ("Jump" foi composta em 1981). Como todos passaram a gostar de "Jump", o Eddie resolveu mostrar outra música que era "keyboard oriented", mas o Ted Templeman e o Dave foram contra a nova música desde o início. Então, o Eddie terminou a nova música, gravou com seu irmão. Novamente, expôs a música ao Ted Templeman e ao Dave. Nova rejeição. Então, ele ameaçou: ou vocês aceitam essa nova música, ou eu retiro "Jump" do disco. Desde o início tanto o Eddie como o Donn Landee, engenheiro de som, eram apaixonados pela música.

I'll Wait": antes de escrever a letra, o Dave colou o anúncio da Calvin Klein no qual a modelo aparece vestindo uma cueca na sua Televisão Sony Triniton e ficou admirando-a durante um booooooooom tempo.

Os efeitos, tanto para "Jump", quanto para "I'll Wait" foram feitos pelo Eddie e retirados de sua cabeça, por meio de tentativa e erro. Ele ia experimentando até encontrar o timbre que lhe agradasse. O teclado Oberheim OB-Xa foi gravado em estéreo, passando um monte de efeitos que nem o Eddie se recorda quais eram esses efeitos. O Eddie gravou o teclado de "I'll Wait" sem ouvir absolutamente nada do que tocava, pois ele ficou no hall do estúdio 5150 (o estúdio era bem pequeno, no início), já que os dois, Eddie e Alex, e seus respectivos instrumentos não cabiam na mesma sala. O Eddie se recorda de ter plugado o OB-Xa numa parede de amplificadores Music Man apenas para dar outra uma diferenciada do timbre encontrado para "Jump".
o baixo de I'll Wait é .... humm ... meio nulo. Tipo, não existe... .
Parece que o teclado cobre toda a freqüência grave.

Girl Gone Bad, Eddie teve a inspiração para essa música na viagem feita a América do Sul pela turnê "Hide your Sheep - South America Tour" em 1983. Ele estava hospedado em um hotel no Rio de Janeiro e compôs a música toda dentro do banheiro de sua suite, apenas para não acordar a sua esposa que dormia no quarto. Antes de ser lançada no disco "1984", a banda tocou uma parte instrumental dessa música no famoso concerto "US Festival". Para a apresentação nesse festival, o Van Halen recebeu o maior cachê já pago para uma banda de Rock à época - cerca de US$ 1.000.000,00.

House of Pain, Mais uma música do demo do Van Halen de 1976, Uma música que mostra a capacidade dos integrantes, com um riff destruidor de Eddie.